
, Ricky seria o mutante cantor. Foi ao médico para descobrir o segredo da voz rouca que se transforma em muitas e veio a conclusão: “Você tem cordas vocais diferentes, com defeito. Não são para cantar”. Tarde demais. A ‘mutação’ criou registro raro e o menino pobre que cantava na roça com bichos criou asas (a tia ainda guarda a fita em que ele faz dueto com cachorro).

“Morava num barraco sem luz e no meio do mato tinha uma ‘concha acústica’ natural.Se fosse em novela Cantava alto e ouvia a voz por todos os lados. Ela veio do céu e ficou entranhada”, diz Ricky Vallen, que duas décadas depois estreava em CD com Disco de Ouro (50 mil) em dois meses e era indicado ao Grammy Latino.
Mutações posteriores transformaram o menino moreno e ‘descamisado’ num adulto louro, de batom e figurinos de cinema desenhados pelo próprio, que chegou a vender ilustrações na feira.
É assim que ele surge em ‘Ricky Vallen Ao Vivo’ (Sony Music), o primeiro DVD, onde atuação teatral e canto poderoso sugerem personagens de ambos os sexos, talvez mistura de Sidney Magal e Maria Bethânia, mais Cassia Eller e Rosana.
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